assim, sem letras maiúsculas, porque aprendo cada vez mais que ela não necessita ser capitular. na verdade, ela é bem simples. ela começa com a garota de oito anos que, quando quer marcar um gol, precisam chutar o seu pé. ela evolui para o último lugar do torneio de natação. ela se faz capaz de entender que é sobre partilhar. 

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partilhar o desejo de levantar da cadeira que me acompanha nas longas distâncias e correr 350 m como se fossem 10 km. partilhar o mecanismo de fazer - como quando Caio e outros tantos dessa família precisam ser "as minhas muletas" do corre. "e rola acessibilidade?", um dia eu perguntei. "a gente faz rolar", eu ouvi de volta. 

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e aí não tem como. faz eco, atinge corações, a gente faz rolar. enche a praça, a paulista, o grito das pessoas ressoando o meu nome. enche de gente e enche a gente. é aí que a possibilidade nasce.

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que a disponibilidade transforma. faz vivo, audível, visível e tão sensível que ainda me dá vontade de chorar. ela é a razão pra acreditar que o mundo vai adiante - é ela quem ganha a corrida.​