em casa.

Foto: Camile Tomé

É teto, mas sobre nossas almas. É lá, interiormente, que nos sentimos verdadeiramente acolhidos e aconchegados. É colo atemporal: está sempre à espreita de nos ver virar a chave e chegar.

E a gente chega. É sem querer acordar, sem fazer alarde mas que, no fundo, no fundo, a gente sabe mesmo que não funciona. Que o barulho do nosso interior desperta quem se afina conosco e nos recebe, mesmo recém chegados da tempestade.

Casa é onde, independentemente do que aconteça, o bem sempre vai reinar. Sempre vai ganhar dos nossos medos, inseguranças e tristezas. Casa é a certeza de que tudo vem de passagem, mas só a paz permanece.

E casa não fixa. Balança, estremece. Mas porque vai com a gente. Porque está acima de nós e é alguém que representa ao coração. Porque nos reconhece e nos chama para dentro. Porque é além: do que a gente sabe e compreende. Porque estamos onde os nossos olhos brilham para dizer: enfim chegamos. E chegaremos sempre, sem dúvida.

Abrigo é lá. Lar. Independentemente da distância e circunstância.